Sinopse
Fernando Pessoa é sinónimo de poesia. Para além de poeta, também foi filósofo, dramaturgo, tradutor, publicitário, crítico, correspondente comercial e — plot twist — argumentista de cinema. Mas os filmes que escreveu nunca foram produzidos. “O Ídolo” é o primeiro, numa curta-metragem realizada por Pedro Varela e totalmente rodada com o novo Galaxy S21 Ultra 5G.
Fernando Pessoa
Apesar de ser uma das suas facetas menos conhecidas, Pessoa também escreveu para o cinema. No livro “Argumentos Para Filmes”, dos investigadores pessoanos Patrício Ferrari e Cláudia J. Fischer e publicado em 2011 pela Ática, estão reunidos seis dos seus argumentos, como por exemplo “Note for a thriller, or film”, a partir do qual foi produzido “O Ídolo”. Nesses mesmos manuscritos, Fernando Pessoa deixou expressa a vontade de criar a produtora ECCE Film para produzir os seus próprios filmes. Esse seu desejo também é agora cumprido.
Pedro Varela
Entre os seus trabalhos mais importantes destacam-se a série “Os Filhos do Rock”, o remake do clássico “A Canção de Lisboa”, a série “Esperança” que estreou recentemente, as campanhas “Can’t Skip Us” e “Tu Podes” para o Turismo de Portugal e o fenómeno mundial “Andrà Tutto Bene” com Cristovám. A sua última longa-metragem, “The Seven Sorrows of Mary”, foi filmada no Rio de Janeiro e deverá ser lançada ainda este ano. Agora, escreveu o guião e realizou aquele que é o primeiro filme de um dos seus ídolos: Fernando Pessoa.
Elenco
Atenção: neste filme, ninguém é quem aparenta ser.
Mick Greer
Bernard
Secretário de Albert Soares desde sempre. Passou a vida a servi-lo e é-lhe absolutamente fiel.
Tiago Felizardo
Augusto Sotto
Excêntrico, vaidoso e um bon vivant. Tem uma missão: trazer o Ídolo de Albert Soares em segurança de Nova Iorque para Sintra.
Ana Vilela Costa
Emily Nogueira
Escritora e noiva de Augusto Sotto. Acaba de publicar o romance “A Breath of Life”.
João Gaspar
Américo Oliveira
Discreto e honesto. Viaja igualmente no transatlântico Europa, mas em classe económica.
Chris Murphy
Mr Williams
Apresenta-se como um empresário inglês. Mas na verdade é um agente dos Serviços Secretos. Ou não!
Miguel Cunha
Mário Guerra
Sabemos que é empregado no navio. Tirando isso, tudo em Mário é um mistério. Até o seu bigode.
Paula Magalhães
Ofélia
Jovem, sedutora e dona de uma beleza desconcertante. Sobretudo ao olhos de Augusto, o seu amante.
Soraia Tavares
Blanche Calloway
Cantora de jazz. É americana e viaja para Londres, onde irá dar um concerto com a sua banda.
Soren Hellerup
Capitão Moore
Capitão do Navio Europa. É alemão e um verdadeiro gentleman.
Miguel Freire
Pierre Croix
Homem das letras e um intelectual. É jornalista e escreve para o diário francês Le Temps.
Ivo Alexandre
Padre Thomas
É irlandês e leva consigo a palavra do Senhor. Mas nem assim parece resistir aos encantos do Ídolo.
Cátia Nunes
Adelaide
Criada em casa de Albert Soares e braço direito do seu secretário, Bernard.
Mick Greer
Albert Soares
Um magnata misantropo, o verdadeiro proprietário do Ídolo e o grande cérebro detrás do jogo. Nunca o vemos, mas ele está sempre lá.
Behind The Scenes
O Galaxy S21 Ultra 5G e o Pedro Varela em ação.
Making of
Como é fazer cinema com um smartphone? Épico.
Vê como o Pedro Varela fez das features do Galaxy S1 Ultra 5G as outras protagonistas de “O Ídolo”.
Episódio 1:
Director’s View
A loucura dos anos 20 e o concerto de Blance Calloway & Her Joy Boys, filmados em várias escalas ao mesmo tempo.
Episódio 2:
Super Steady
A perseguição entre Augusto Sotto e Mr Williams, os movimentos rápidos de câmara e o estabilizador digital.
Episódio 3:
8k
A estética de uma época, os detalhes de guarda-roupa, make-up e decors, as paisagens e arquitectura, tudo com uma definição épica.
Trivia
Spoiler alert! Se ainda não viste “O Ídolo”, faz scroll enquanto podes.
ECCE Film
Esta era a produtora que Fernando Pessoa planeava criar para produzir os seus filmes. Por isso, “O Ídolo” não poderia ser feito sem ela. O logótipo original desenhado pelo próprio Fernando Pessoa está em todos os materiais de promoção do filme e no genérico de entrada.
Bernard & Albert Soares
O nome próprio do primeiro e o apelido do segundo são na verdade uma referência a Bernardo Soares, um dos heterónimos mais conhecidos de Fernando Pessoa e autor do célebre “Livro do Desassosego”. Já o nome de Albert vem de Alberto Caeiro, pois claro.
Ofélia
Os mais atentos perceberam a origem do nome desta personagem. Ela é inspirada em Ophelia Queiroz, a única namorada conhecida de Fernando Pessoa. Mas mais atrevida.
Blanche Calloway
Blanche não é só uma personagem. Ela é uma homenagem a uma mulher real, uma cantora de jazz dos anos 20, a irmã mais velha do Cab Calloway e a primeira mulher a liderar uma orquestra de jazz composta apenas por homens.
Quadro
O quadro pintado a óleo que vemos no escritório de Albert é a confirmação de que ele e Bernard são a mesma pessoa. Ou melhor, heterónimos. Afinal, porque teria Albert um quadro do seu secretário? Mas há outra evidência e essa esteve desde sempre escondida neste site: o nome do actor que interpreta Albert, ou seja, Mick Greer, está escrito a preto no elenco.
Mala
Só no fim do filme percebemos que o verdadeiro Ídolo viajou o tempo todo com Américo em classe económica. Mas esse plot twist é revelado logo no início. Quando vemos Américo a correr para o navio, ele traz consigo uma pequena mala castanha que é exactamente igual à mala que é entregue a Augusto no museu onde o Ídolo estava exposto. Coincidência? Nem por isso.
Cinema Sonoro
Quando Fernando Pessoa escreveu este argumento, algures nos anos 20, o cinema ainda era mudo. “The Jazz Singer”, de 1927, é a primeira longa-metragem sonora. Mas alguns dos seus argumentos, textos e ideias para cinema já contemplavam diálogos. Mais uma vez, Pessoa estava à frente do seu tempo.
SS Europa
O navio transatlântico onde os nossos personagens viajam também existiu. Foi construído para a Norddeutscher Lloyd e fazia a rota Nova Iorque - Southampton. Agora, foi reconstruído para “O Ídolo” em 3D pela Clan VFX de São Paulo, Brasil.
Chalet Biester
A história por trás do chalet onde Albert Soares vive está envolta em mistério e episódios que até hoje ninguém consegue explicar. Construído no final do século XIX, a única vez que serviu de palco para uma produção cinematrográfica foi em 1999, num filme de Roman Polanski e que tem Johnny Depp no papel principal (“The Ninth Gate”).
Locations
Cinema também é sobre fazer magia. Por isso, e apesar de “O Ídolo” ter cenas em Nova Iorque e se passar sobretudo em alto mar, as filmagens aconteceram todas entre o Navio-Hospital Gil Eannes, em Viana do Castelo; o Chalet Biester, em Sintra; o Hotel Avenida Palace, o Hotel Pestana Palace, a Rocha do Conde de Óbidos e o Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa.
